A ação pode ser realizada em vida ou postumamente com autorização de familiares.
Neste 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos, o Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL) se une à campanha para destacar a importância desse gesto que salva vidas. O tema, embora tenha ganhado força nos últimos anos, ainda é considerado um grande tabu dentro da sociedade.
Em 2024, o Brasil alcançou um recorde histórico, com mais de 30 mil transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um crescimento de 18% em relação a 2022. Com isso, o país se consolida como o segundo maior transplantador do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Graças ao SUS, pacientes brasileiros recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames, cirurgias e acompanhamento pós-transplante.
A campanha, instituída pela Lei nº 11.584/2007, tem como objetivo incentivar e conscientizar não apenas o potencial doador, mas também seus familiares. Muitas vezes, a falta de conhecimento sobre o processo ou crenças religiosas impedem que a doação se concretize, bloqueando uma ação que pode ser fundamental para salvar vidas em situações graves.
A enfermagem é um pilar essencial nesse processo. Os profissionais atuam diretamente na conscientização e no auxílio à população, fomentando a doação, que pode ser realizada por pessoas vivas ou falecidas, com o objetivo de restabelecer a função de um órgão ou tecido doente em pacientes receptores.
A conversa familiar sobre o desejo de doar é fundamental. Em momentos de dor, essa decisão pode se tornar a esperança de outra pessoa. Em casos de morte encefálica, a Central de Transplantes do Estado é notificada e utiliza o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) para selecionar os receptores mais compatíveis.
O Coren-AL reforça que a doação de órgãos é mais que um simples ato, é um gesto de empatia e amor. Ele alia o protagonismo da ciência à atuação essencial da enfermagem e dos demais profissionais de saúde. Seja um doador, converse com seus familiares!
