Enfermeiros conhecem opções de tratamento para substituir transfusão sanguínea

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A Terça do Conhecimento desta semana falou sobre as opções alternativas de transfusão de sangue para adeptos da religião Testemunha de Jeová. Com o tema: “Conservação e Gerenciamento de sangue do paciente: opções terapêuticas as transfusões de sangue, aspectos éticos e jurídicos”, a palestra aconteceu na faculdade Uninassau, no Farol, e contou com a presença de membros do Colih (Comissão de Ligação com Hospitais).

Para o presidente do Colih em Alagoas, Cristiano Marques Binas, esse diálogo vai além dos conceitos religiosos. Apesar dos Testemunhas de Jeová acreditarem que a interpretação bíblica não permite a doação de sangue, outras pessoas, não religiosas, também não acreditam na eficácia do processo de transfusão e por isso a comissão apresenta alternativas comprovadas cientificamente.

“Temos aqui estudos científicos que mostram alternativas para a transfusão. É uma falácia pensar que por sermos Testemunhas de Jeová não queremos tratamento adequado”, afirmou o presidente da Colih em Alagoas que palestrou com o tema: “Testemunhas de Jeová – um desafio médico e ético”.

O advogado Carlos Alberto da Comissão falou sobre “Aspectos legais do atendimento sem uso do sangue”. “O profissional de saúde pode fazer a vontade do paciente. Isso não é nenhuma infração ética ou jurídica”, afirmou ao explicar que o ideal é ter um documento assinado pelo paciente, pois tem um poder jurídico maior que a palavra dos familiares.

O tratamento de paciente sem sangue já é uma realidade de fácil acesso, segura e eficaz, segundo o enfermeiro e professor João Paulo que encerrou a programação palestrando sobre gerenciamento e conservação do sangue.
João Paulo apresentou métodos do Patient Blood Management (gerenciamento de sangue do paciente) quais os medicamentos e tratamentos para o pré e pós-operatório. “Temos opções bem mais baratas e eficazes que a transfusão sanguínea”, afirmou.

O secretário do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL), Paulo Guimarães, afirmou que é importante o profissional de saúde saberem como agir nos mais diversos casos. “Ter um paciente que não quer a transfusão sanguínea ainda é polêmico, mas não precisa ser. É fundamental o estado implantar políticas públicas para esse público e os profissionais de saúde estarem preparados para recebe-los”, afirmou Paulo.

Colih
A Colih é uma comissão que faz a ponte entre o paciente e o médico e apresenta as alternativas estudadas por uma comissão cientifica da saúde. Para os adeptos da religião Testemunha Jeová, a interpretação bíblica não permite a transfusão de sangue.

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